segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

INÉDITO – 5) QUANDO O PERCEBER NOS ENGANA

A possibilidade humana de conhecer só não engana o homem quando este mesmo homem se autoconhece em profundidade. Alguns sábios antigos inventaram o melhor alerta de todos os tempos, ou seja: "Homem, Homem, antes de tudo, conhece-te a ti mesmo, porque só depois disso saberás com correção o que é o mundo, o universo. Saberás, Sentirás e Compreenderás inclusive quem é o EU SOU ou o Deus Vivo em Ti, (Intimíssimo) e fora de ti (Altíssimo)! Afora tudo isso, surpreender-te-ás principalmente com o falastrão e mentiroso ego-persoa em ti!"
Aquele indivíduo que se conhece a si mesmo, Sabe-Sente-Intui exatamente quem ele é, de verdade, e sabe principalmente o que é esse ego mal pensante e falastrão que, com o intelecto, se mete a elaborar teorias do conhecimento, com seus enganadores julgamentos conceituais, julgamentos inferenciais e silogismos, além de elaborar o método científico de experimentação.
Neste livro também é questionada a validade da metodologia científica, isto é, a validez da experimentação laboratorial.
Aqui ficamos sabendo finalmente o que é a pretensa observação despreconcebida de um fenômeno dito externo. O que é a hipótese ao redor dessa observação, o que é a experimentação laboratorial, o que é a descrição matemática do fenômeno e o que é finalmente a pretensa prova, que finalmente é falsa. Só mesmo uma sabedoria hindu, taoísta, budista e zenbudista para fazer frente às falácias das provas científicas, as quais provas, lamentavelmente, nunca transcenderam a portentosa manipulação das aparências ou de Maya.
Mas afinal, por que das Críticas contra a Ciência? ----- Caro leitor amigo, vou transformar-te no meu entrevistador e vou colocar em tua boca perguntas que me foram formuladas num duplo programa de rádio semanal, com mais de duas horas cada, programa de rádio que vinha desenvolvendo há mais de seis anos. Lá vão as perguntas:
Dr. Bono, como é que o amigo, em pleno curso de medicina, isto é, ainda não formado nessa especialidade, foi levado a escrever um livro como É a Ciência uma Nova Religião? ou os Perigos do Dogma Científico. Dificilmente se encontra alguém que comente ou critique a Ciência. Como é que o amigo pôde ser tão ousado nesse seu livro de 30 anos atrás, hoje esgotado e totalmente ignorado? Refeito em quatro volumes para o século XXI.
Resposta: Fui levado a escrever um livro desse gabarito ou teor porque me dei conta de que a Ciência moderna, infelizmente, engana o que há de melhor no homem: sua possibilidade de Saber-Sentir-Intuir.
Se iludem as pessoas em achar que, graças à metodologia científica e à experimentação laboratorial, a ciência é sempre veraz ou verdadeira, e nunca mente e não nos engana. A impessoalidade e o não sectarismo da ciência são uma mentira capciosa. O cientista é o mais ego-personificado de todos os indivíduos.
Por outro lado, lamentavelmente a ciência fez da mente humana (em verdade cérebro) um mero instrumento de cognição, uma simples ferramenta por meio da qual, alegaram certos cientistas, se podia descobrir, decifrar, equacionar, a Vida, o Cosmo Primordial. Com isso a ciência cometeu um erro terrível. Por pura especulação e conclusões gratuitas, transformou a Mente Primordial numa dependência cerebral, numa excrescência ou numa pretensa massa cinzenta, por meio da qual se poderiam perceber corretamente as pretensas realidades externas e se poderiam inclusive descrevê-las e prová-las a contento, além de possuí-las.
Grosso engano. A mente humana, antes de mais nada, não se encontra na dependência do cérebro. Este último, já que nunca falou por si mesmo e sim é o pensamento que fala por ele, depende daquilo que a mente já degradada e personificada elaborou, engendrou, extrojetou, reconheceu, descreveu e, depois, graças à execução do ato intencional diz ter conseguido provar, quando o pensamento de origem mental apenas engendrou e extrojetou tudo de modo muito ladino.
E não esqueçamos que a mente personificada é apenas um iceberg intrometido, cuja ponta aflora na Grande Mente Universal, no Mar Cósmico, na Consciência-EU. Afora as intromissões dessa ponta de iceberg, existe sim uma Manifestação Primeva, livre, pura, espontânea, harmônica e que é exatamente essa mesma Mente ou Consciência Cósmica em Manifestação. Nesta cabe sim o Homem Primordial que eu, em meu último livro Apocalipse Desmascarado chamo Filho Especial ou Filho do Céu. Voltar a ser Filho do Céu é o destino do homem terrestre.
E isso não tem nada a ver com pieguice e invencionices religiosas. Depois dessa Manifestação Primordial, no meio do caminho, entre o Manifestador e o Manifestado, lamentavelmente se intromete o ego-iceberg intruso.. Tal iceberg ou ego-pensamento, primeiramente, tenta ofuscar as Verdades e a Manifestação da Grande Mente ou do Grande Oceano, em segundo lugar como esse ego-intruso e mentiroso não consegue sentir nem captar nada desta Manifestação ou Verdade Primordial, da qual fazem parte os OVNIs e os alienígenas benevolentes, ele, ego-pensamento vê-se obrigado a recriar um falso mundo, um falso universo, uma falsa condição existencial, onde parece caber uma pessoa ego-pensante, de um lado, e um mundo ou universo pensado, do outro.
Essa dobradinha torna-se sobremaneira reveladora ou impressionável para quem somente mal pensa, porque aí, o mal pensar humano e a execução do ato intencional se intrometem como forjadores e sustentadores dessa grande ilusão mundial, falsamente cósmica. Em outra palavra, o Homem Verdadeiro e Primordial, sem se aperceber, sacrifica seu Sentir-Saber-Intuir-Atuar-Amar, as cinco atividades absolutamente verdadeiras, válidas e eficazes da Mente Pura, para que prevaleça o simples mal pensar (ou memória-raciocínio-imaginação) da mente decaída e corrompida. Isto é, o homem ao invés de Saber-Sentir-Intuir, Aqui e Agora, passa a mal pensar no espaço e no tempo. Este mal pensar ou esta memória-raciocínio-imaginação, válida tanto para o analfabeto como para o erudito, ou esta lógica-razão refinada, válida só para o erudito, resultam em espaço e resultam em tempo pretensamente externos. Transformam-se nos mentirosos recipientes cósmicos, onde o pensamento ladino coloca as suas múltiplas recriações ou forjações dualistas, em suma, onde o pensamento coloca a falsa matéria, a falsa energia, o falso plasma científicos.
Todas as mentiras aparentes do mal pensar, e que só e sempre aparecem mas não existem, passam a prevalecer, passam a vingar, passar a se sobrepor.
E a ciência moderna, não conhecendo absolutamente nada da Mente Real do Homem, da Verdadeira Consciência, do que vem a ser o pensar em si, do que vem a ser esse (ou pretenso ego) que, em cada um de nós diz pensar, mas só arrota o "pensar alheio ou as opiniões acumuladas de terceiros", não fez outra coisa senão acrescentar mentiras e mais mentiras. Ora, nada sabendo de fato do que vem a ser o Perceber, Conscientizar, o Saber-Sentir-Intuir, se permitiu confundir o Perceber ou Conscientizar Primordial com esdrúxulas e enganadoras reações bioquímicos-cerebrais. Louvou e sacramentou tal incrível confusão. É por isso que digo essa ciência só mente, só nos engana.
Na época em que eu escrevi o livro É a Ciência uma Nova Religião? até que eu era bastante ingênuo. Apenas me havia dado conta de que em física, química, bioquímica, medicina, biologia havia muita coisa errada, e que precisavam ser urgentemente sanadas. Hoje ouso acrescentar que praticamente tudo está errado, sempre que levarmos em conta a Verdade Última, as verdades cósmicas maiores. Daí fazerem-se presentes os paradoxos da Ufologia e da boa Espiritualidade e que a ciência moderna nega tanto.
O cientificismo ou a ciência só terá algum valor ou credibilidade se a encararmos como um faz-de-conta plausível, como uma espécie de trabalho artístico, como uma prática mágico-esportiva, como abstrações filosóficas.
A metodologia científica que, por meio de suas cinco etapas (observação despreconcebida dos fatos ou fenômenos, hipótese, experimentação laboratorial, conclusão positiva ou negativa e elaboração da lei em termos geométricos-matemáticos) pretendeu estabelecer a verdade material, e que seria válida em todo o universo, é um engodo total completo. Ninguém sabe aí como o pretenso cientista pensa de fato, como sente, como em verdade percebe ou conscientiza. A não ser, é claro, que se leve em conta as mentiras científicas do fisiologismo cerebral, mentiras que se transformaram em vacas sagradas, estabelecidas e consagradas como dogmas.
Dr. Bono, ainda trabalhando num Hospital Psiquiátrico, do qual se aposentou após 23 anos de trabalho e convívio hospitalar, como é que lhe surgiu a idéia de escrever dois livros que questionaram a psiquiatria e a psicanálise, como Nós, a Loucura e a Antipsiquiatria e Antipsiquiatria e Sexo. A seu entender, por que a psiquiatria e a psicanálise precisariam ser questionadas?
Resposta: Porque tais ciências psicológicas se assentaram em enfoques científicos capengas, os quais, de modo lamentável, são completamente errôneos no que diz respeito ao espaço, tempo, matéria, energia e plasma.
Imaginem só que tipo de terapia psicológica ou mental poderia saltar fora de enfoques que puseram a carreta diante dos bois.
Ou seja, calcada no cientificismo, ou no biologismo e estruturalismo científico, - meras aparências - a psiquiatria e a psicanálise primeiramente tornaram o homem vítima das pretensas disfunções cerebrais e, em segundo lugar, vítima das eventuais circunstâncias negativas externas ou existenciais.
Em outra palavra, para a psiquiatria e psicanálise, o pensamento e o ego são frutos da massa cinzenta ou do cérebro e são os que sofreriam as agressões externas, quando não é bem assim..
Dizem eles: adoece-se mentalmente porque o cérebro é afetado por doenças estranhas que vem de fora. O cérebro é atingido por germes, ou senão é afetado por alterações bioquímico-cerebrais anômalas.
No enfoque psiquiátrico-psicanalítico o ego é sempre a vítima da doença cerebral. Dizem eles que alterando-se a pessoa ou ego, o pensamento e a conduta humana padecem das conseqüências da disfunção cerebral e o homem adoece.
Minha vivência hospitalar contudo permitiu-me surpreender que o homem torna-se um psicótico (um louco) ou um neurótico (um nervoso exacerbado) por causa de seu próprio ego e seu próprio pensamento.
O pensamento humano é algo anômalo e intrometido na Mente humana, e é esta anomalia mental quem suscita a pretensa doença.
O problema todo é uma questão de o ego se agigantar e extrapolar, ou senão de se atrofiar e se sumir, se for contrariado. Ou senão o próprio ego criar becos sem saída imaginários, que não pode suplantar, porque são fantasmagóricos e absurdos. Este ego mentiroso e causador de balbúrdias e doenças nada tem a ver com o grande EU.
Quem provoca o estar doente, tanto em termos físicos quanto em termos mentais, é o ego-pensamento em cada um de nós. Este é um bandido, salteador e homicida. Mata nossa verdadeira essência EU SOU para ele-ego poder prevalecer.
E o homem não conhecendo o pensamento em profundidade coloca seu falso eu ou ego lá nas alturas, o reverencia e teme e, ainda por cima, o transforma numa pobre vítima de supostas doenças e germes que viriam de fora, quando, se não se pensasse tanto e tão mal, nada poderia vir de fora e nada poderia nos atingir, afetar e nos deixar doentes.
E a propósito, alertava Jesus: (E não era louco nem lunático) Nada que entra pela boca do homem, ou nada do que vem de fora, pode atingir ou prejudicar o homem. O que prejudica o homem é o que sai de dentro de sua Mente-Coração...!
Dr. Bono, como é que um médico, alguém ligado ao mundo científico, ou até mesmo ligado a algo que vai além da ciência, pôde se interessar por religião? O que foi que levou o amigo a escrever Cristo Esse Desconhecido?
Resposta: Não viste a frase de Jesus que acabei de citar ou transcrever? Pois bem Jesus não era só e necessariamente um santo e um fazedor de milagres, mais todas aquelas outras coisas que a teologia ocidental inventou a respeito dele.
Jesus era e é principalmente um Sábio extraordinário que conhecia a mente-coração do homem como ninguém. E isso para um anti-pensador como eu foi muito importante.
Jesus, a seu modo, também difundia o Homem, homem, conhece-te a ti mesmo!, dizendo: Buscai primeiro o Reino de Deus e Justiça ou Perfeita Compreensão que depois disso todas as coisas vos serão acrescentadas.
Por outro lado e lamentavelmente, a doutrina de Jesus foi toda ela desvirtuada e distorcida.
De certo modo, (eu) consegui remanejá-la ou consegui colocar os possíveis versículos originais na ordem correta. Com isso, talvez, a verdadeira doutrina de Cristo tenha ressuscitado. Isso não é uma certeza definitiva, nem uma imposição, mas sim uma sugestão, uma aproximação do Ideal Cristão.
Jesus foi muito mais do que sempre se andou dizendo por aí, ao longo destes quase dois mil anos.
É lamentável que d'Ele só apareça o pobre homem crucificado num madeiro e não prevaleça a Doutrina que Ele deixou, que havia-se perdido e que foi reencontrada. Graças ao meu trabalho de remanejamento e recompilação, esta doutrina, digamos, voltou a aparecer, para quem sabe, ajudar o homem efetivamente, sem muitas promessas infantis, pacienciosas esperanças e eternas expectativas.
Dr. Bono, pulando de um extremo a outro, o senhor passa da ciência, da psiquiatria para o cristianismo, e deste para o orientalismo. Por que razão resolveu escrever o "Senhor do Yoga e da Mente" e "Ecologia e Política à Luz do Tao"?
Resposta: Por que só os bons mestres orientais conhecem a mente com perfeição. Estes, em seus cinco a dez mil anos de busca, empenho e de Autoconhecimento surpreenderam a Mente em seus aspectos primordiais e como ela é, efetivamente. Descobriram o que vem a ser o pensamento, o que é o ego, o que são a memória-raciocínio-imaginação, o que é a lógica-razão e descobriram também como tudo isso nos engana com muita arte e astúcia.
Surpreenderam como as coisas ditas externas vieram-a-ser efetivamente (ou como "foram criadas"). Sabem com toda perfeição se houve efetivamente uma criação no tempo e no espaço, como dizem as religiões e ciência ocidentais, ou se no lugar disso há apenas uma Manifestação, Aqui e Agora, livre do espaço, do tempo, e dos enganadores matéria, energia e plasma.
Os mestres orientais, como Krishna, Buda, Laotsé, Chuangtsé, Nagarjuna, Shankaracharya etc. sabem muito bem o que é uma Consciência Primordial em Manifestação e o que é uma mente personificada - mancha acrescentada - que se mete a recriar, a extrojetar fantasmagorias e a opinar a respeito. Os mestres orientais sabem que uma mente escravizada ao ego e ao pensamento vulgar é só Avidya (Ignorância Primordial) e que aquilo que ela extrojeta e sobrepõe à Verdadeira Vida e depois reconhece é só Maya ou aparências.
Para eles o Existir só cabe para a Manifestação Primordial ou Autonatureza. O resto acrescentado pelo ego é só aparências ou faz-de-conta, nunca realidade ou existência. A ciência abusa das palavras, do pensamento e da conduta quando nos impinge sua própria realidade forjada e reconstruída
Dr. Bono não se pode negar que todos os seus livros já editados, alguns esgotados, são anti-convencionais, são heréticos, polêmicos no melhor dos sentidos, são chocantes, escandalosos, quanto à ideologia, como inclusive devem ser os seus trabalhos ainda inéditos, como Parar Este Falso Mundo, Prisão do Tempo, Jesus sem Cruz, Jesus, Messias ou Filho do Homem, Ciência, a Nova Religião etc. Neste seu currículo existem mais de 18 livros inéditos. Pergunto, porque o amigo insiste em temas tão ousados? E por que será que as editoras do Brasil resistem tanto à publicação de seus trabalhos?
Resposta: Por que desgraçadamente não virei cola gosmenta, não virei dialético enchedor de lingüiça que fala, fala e não diz nada.
Porque infelizmente ainda não comovi nem toquei os tutores do poder, não motivei os pretensos críticos literários e manipuladores do conhecimento convencional. Não consegui suplantar as vacas sagradas do academicismo universitário e cientifico, ou senão não suplantei os tabus da filosofia e psicologia universitária.
Em poucas palavras, porque infelizmente depois de 30 anos de escrever e falar, não virei um Paulo Coelho. (Nada contra e com todo o respeito).
Vai ver que não virei porque só digo bobagens, e coisas que não têm cabimento, ou senão digo coisas que com toda a probabilidade suscitam melindres.
De qualquer maneira, nem sempre consigo exprimir-me com palavras fáceis, com frases pretensamente poéticas que não dizem absolutamente nada.
Ao contrário, faço-o com termos altamente significativos, que dizem tudo e abrem qualquer porta, dizeres que, pelo jeito, poucos entendem.
É isso empáfia? Pode ser. Mas tal presumível empáfia só se fundamentaria para alguém que tivesse lido tudo o que escrevi, para alguém que me entendeu, para alguém que me detestou e não concordou comigo em nada do que disse. Este, teria o direito de me chamar empafiado. Antes disso, porém, teria que me desmentir em minhas colocações. Agora, me relegarem ao ostracismo como me relegaram, isso sim dói, e como!
Por que será que o nosso país, em termos de literatura, só dá algum valor aos ficcionistas, poetas e praticamente nenhum aos pensadores de verdade, a um ensaístas como o senhor?
Por que será que todo bom brasileiro que pensa, e pensa bem, tem que ser visto como um burro ou um louco?
E por que só os ensaístas estrangeiros fazem sucesso no Brasil, tipo Zecharia Sitchin ou Fritjoff Capra ?
Resposta: Ai amigo se soubesses quantas vezes bati às portas de editoras de renome do Brasil inteiro levando quase sempre desculpas esfarrapadas ou chutes e mais chutes!!
As editoras do Brasil não têm avaliador preparado. A caro custo conseguem sopesar o teor de um livro de ficção, desde que esteja escrito numa linguagem cotidiana digerível.
Quantos "não" e quantos pontapés levei de respeitáveis editores do Brasil inteiro. Desanimei de apelar por um retorno à Editora Record, mas determinado e respeitável subeditor (que, desculpem a ironia, entende um bocado de comércio, de atacado e varejo, que defende o capital do patrão com um zelo exagerado, e é justo, mas não entende absolutamente nada de literatura e até mesmo das potencialidades dos livros alheios), mandou-me às favas, por meio de sua secretaria, outra humilde subalterna. Quando tentei retornar à essa notável e respeitável Editora, tal fulano avaliador infelizmente sequer tomou conhecimento que eu havia sido editado cinco vezes pela Grande Editora em que trabalha. E que os meus livros publicados em sua Editora não eram enganos ou porcarias, e sim tinham grandes possibilidades de vencer e vender, mas não venceram. Por falta de uma máquina promocional, não me tornei um "bestselleiro" ou um dos mais vendidos dessa fabulosa e renomada Editora.
Para determinadas editoras, escritor bom é aquele que consegue vender livros que sejam editados mais de 10 vezes.. Mas sem a máquina do marketing montada, isso é impossível. Não sei como essa máquina se monta. Pagando, evidentemente. Sei porém que alguns afortunados não pagaram nada.
Não tenho cara de pau nem a fantasia de artista para sair por aí vestido de palhaço e chamar a atenção do público de outro modo. Cansei de bater às portas da LPM de Porto Alegre, à Civilização Brasileira, quando ainda existia, à Nova Fronteira, à Best-Seller, Companhia das Letras, Editora Três, Cultrix, Pensamento, Rocco, Clube do Livro, Bertrand etc. etc. etc.
Dr. Bono, uma rápida e última colocação, seus três últimos livros editados, Manipuladores da Falsa Fatalidade, A Grande Conspiração Universal e o Apocalipse Desmascarado estão ligados à Ufologia, essa coisa incrível e notável que assombra e intriga muitos e também irrita e suscita descaso e desprezo a muitos outros mais. Como é que o amigo passou a se interessar também pela Ufologia, essa ciência notável para alguns, e maldita para outros?
Resposta: Estou metido na Ufologia praticamente há quase cinqüenta anos. Comecei vamos dizer saindo a campo com o notável ufólogo e professor Felipe Machado Carrion. Estava com ele me quando investigou o famoso caso da Lagoa Negra. Eu era um jovem estudante do ciclo secundário. Mas antes disso, por volta de 1948, 1949 já comecei a ler tudo o que aparecia e se relacionava à temática. Depois disso, não larguei mais.
Aprofundei-me até às últimas conseqüências. Foi por isso que ousei escrever A Grande Conspiração Universal, e sua continuação O Apocalipse Desmascarado. Hoje a casuística ufológica não é mais tão importante. É preciso mergulhar mais fundo, já que as autoridades oficiais escondem os fatos e os documentos. E boa parte dos ETs que com os humanas se relacionam (ou se relacionaram) ou nos mentem quase sempre ou nos enganam. Não sei por que essa insistência.
É preciso compreender em profundidade o que se esconde atrás dos governos oficiais que exercem a censura, quais alianças esses governos ou figurões secretos desses mesmos governos fizeram com ETs nem sempre tão bonzinhos. É preciso saber o que há por trás das guerras e confrontos em nossos próprios céus, entre diversos tipos de alienígenas.
Não é verdade que estamos sendo visitados por ETs que vem lá de longe. Eles estão aqui há muito tempo e brigam entre si em nossos céus. O ser humano desavisado está inserido entre dois fogos.
Precisamos surpreender quem são os alienígenas realmente favoráveis ao homem, quais são os neutros e quais os nefastos, sem nos comprometer e sem sairmos prejudicados. E, principalmente, a Ufologia, para ser melhor entendida, tem que se divorciar das idéias científicas de espaço, tempo, matéria, energia e evolução, porque os paradigmas ou os modos de conhecimento de que os alienígenas se valem são completamente outros.
Eles não abusam do pensamento como nós. Sentem-e-Sabem que podem fazer determinadas coisas e simplesmente as fazem. Talvez de modo mais mágico do que lógico. Todas essas facetas devem ser surpreendidas em Ufologia, para que alguma luz comece a vingar numa temática tão ambígua.

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