terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Saúde e Medicina – 6) A Propósito do Cérebro Pensante

Alerta a Sabedoria do mundo: "Sou eu que te vejo, [ó cérebro de merda!], e vendo-te, me vejo feito um pretenso objeto, e vendo a ti em verdade vejo a mim, falso objeto e falso ser ou ego pensante.Graças a isso, te faço, pois vejo-me obrigado a executar o ato intencional, porque quero te pegar, quero te possuir, te abraçar, feito um Narciso da Mitologia!
Ou também: Sou eu que te vejo, ó cérebro de merda, e vendo-te me vejo, pois eu e tu somos um ou somos não dualidade, já que não estamos separados, nem tu és tão passivo assim como pareces ser. Eu, ego, sem ti não existo e tu, objeto, sem mim também não existes, pois somos apenas uma total interdependência aparente.
Sou eu que te penso ou te extrojeto, sou eu que te reconheço fora. Eu, ego safado, te revisto como quero. Tu objeto na minha frente és minha contraparte muda. Eu no entanto falo e discorro a teu respeito e imponho minha opinião a terceiros hipnotizados.
Tu objeto és sempre meu sinal inferencial e acabas sempre me obrigando a executar o ato intencional para que acabe te possuindo ou te rechaçando. Com esse atuar propositado, te faço, te arremato, te consubstancio, te concretizo, ó droga dependente, ó cérebro de merda, ó meio idiota do conhecimento fisiológico!…"

Se todo objeto ficou provado por si mesmo, previamente, tal como o absurdo objeto-mundo-universo da ciência dizem teria se provado, como conseguiu provar-se?
Evidentemente, pareceu ficar provado só graças ao pensamento no homem e também devido à sufocação e subjugação do SER Humanizado.
E por causa das invencionices humanas, (teses e antíteses religiosas, filosóficas e científicas), essa pretensa objetividade (universo) não consegue se defender. Bem, mas nesse detalhe os filósofos e cientistas não refletiram.

No começo simplesmente acreditaram ver uma coisa (universo, natureza) à sua frente (conhecimento indireto), que os sacerdotes diziam haver sido criada por um Deus inventado pela cabeça deles, no passado…
Com o passar do tempo, discordando dos religiosos, os cientistas aceitaram a coisa como se fosse algo material, indiscutivelmente verdadeiro, oportuno ao existir deles e dos demais, coisa material e separada do sujeito, e mandaram o criador, o Ele, deus-persona dos sacerdotes ou senão o demiurgo, às favas.
E para explicar a origem, continuidade, a persistência, decadência e morte das coisas, puseram no lugar do deus objetivado dos religiosos o deus acaso da ciência.
Tal acaso, teria então se transformado em leis físico-químico-matemáticas naturais a dirigir a orquestra cósmica.

Essas leis que inclusive interfeririam no mundo objetivo e subjetivo (matéria-cérebro) de acordo com os determinismos matemático-físico-químico-biológicos inventados pela cabeça do homem.
E então tais leis deterministas, tudo fizeram, tudo montaram, tudo ajeitaram… Pois sim, pois não, digo eu, ignorância maior nunca se viu, minha gente!’"

O cérebro pensado e pretensamente objetivado, se posto diante dos meios fisiológicos do conhecimento de determinada pessoa pensante ele é sempre uma presença muda.
Mesmo que pouquíssimos saibam disso, tal pretenso cérebro é tão somente a contraparte da própria pessoa-ego pensante, a qual sutilmente projetou ou extrojetou previamente tal cérebro pensado e depois, fazendo de modo proposital alguma coisa, o concretizou, o materializou e acabou reconhecendo-o.

Tudo o que for reconhecido e dito a respeito da objetividade ou da massa melequenta chamada cérebro é tão somente subjetividade ou pensamento dessa mesma pessoa, pretensamente analítica e perscrutadora.

Esse algo-cérebro objetivado não fala por si mesmo nem revela nada por si mesmo. Ele depende da contraparte subjetiva pretensamente pensante, falante lucubradora, forjadora de superposições, de pareceres, a qual vai impor suas opiniões, custe o que custar, mormente se for cientista ou cientificista.
A Propósito do Palavrão “Merda”: Quero alertar também que quando qualifico as palavras científicas “cérebro ou o DNA” com uma outra palavra de baixo calão tipo merda, não o faço por total desprezo ao cérebro ou aos genes, cromossomas em si, se é que existem como tais. Não estou dando uma de Platão que desprezava totalmente a objetividade, o corpo. Sequer defendo o idealismo platônico e o ponho contra o materialismo científico. Em verdade, eu não ligado nem a um nem a outro. E no entanto, este materialismo, por causa da ciência moderna, tornou-se excessivamente criminoso (ou quem sabe inconseqüente), coisa que o idealismo filosófico jamais chegou a tanto.
A meu entender o Isto-Objeto Primevo, acasalado com o Sentir Puro, podem existir, sim, livres de laços e de acréscimos supérfluas. Entrementes, seus revestimentos são um engodo, um conjunto de mentiras, e por causa disso tudo muda.

Se cérebro e DNA existem ou até mesmo se eles só aparecem, mesmo assim, eles são o Desconhecido e não só merda. No caso, merda são as explicações intelectuais de certos homens, são as pretensas possibilidades, qualidades, propriedades, virtudes, fisiologismo, hereditariedade restrita a bolinhas etc. etc. do cérebro e do DNA, e que eles com toda certeza não possuem, possibilidades essas que não passam de invencionices da cabeça humana desatenta e desavisada. Merda então é a cabeça mal pensante de certos homens que exageram nas suas invencionices e arrogâncias intelectuais.

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