quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Magia e Espiritualismo – 08) Esaú e Jacó, Decifrando Livros Antigos

Determinados autores escrevem, dentre os quais temos Robert Charroux, com seu livro O Livro dos Segredos Traídos.
"Quando os mais remotos descendentes dos divinos hiperbóreos tiveram que abandonar as terras conquistadas do Egito, nem todos conseguiram partir. Alguns ficaram prisioneiros, como por exemplo certas tribos habiru ou tribos hebreias. Além do mais, não conseguiram levar todo o seu tesouro, todo o seu Graal [verdadeiro; e não a taça ou o Graal da santa ceia], com o qual vinham peregrinando os errantes desde o seu Norte mítico.
A fuga posterior dos hebreus do Egito é efetuada com a parte restante deste Graal dos arianos, porém roubado pelo egípcio Moisés, especialmente para esses hebreus.
Compreender-se-á agora melhor o sentido profundo das Cruzadas e da implantação de nove cavaleiros templários nas ruinas do Templo de Salomão de Jerusalém, destruído mil anos antes.
Esses nove cavaleiros vão recuperar o Graal perdido que a esses cavaleiros pertence, ou pertence aos nórdicos, descendentes dos hiperbóreos.
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Essa façanha é capitaneada por papas nórdicos, pelos monges beneditinos e pelos monges cistercienses, que nesses tempos ainda conservam seu lado ancestral celta e visigodo.
As atividades de todos esses indivíduos, logo, logo cessam e desaparecem.
Curiosidade, Godofredo de Bouillón, primeiro Rei Cruzado de Jerusalém, vem de Stenay, ele foi educado pelos ermitões das Ardennes, e pessoalmente é quase um gigante.
[Nos pressupostos] quarenta anos de peregrinação no deserto, das doze tribos de Israel, dez simplesmente desaparecem. O que foi que aconteceu com elas?
No fim de tudo, ignorando inclusive o confronto entre a tribo de Israel e Judá, somente sobra e perdura a tribo de Judá, a qual se mistura com os semitas do deserto do Sinai, perdendo todos eles a sua Minne [ou a sua memória ancestral ou psicosanguínea espiritual].
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Esses violentos remanescentes miscigenados da tribo de Judá, além de terem se transformado em sanguinários assaltantes de caravanas, apropriaram-se dos velhos registros da Tradição, e os modificaram conforme o interesse pessoal e a bel prazer.
Adulteraram e depauperaram o Gênesis, fazendo desaparecer as descrições da origem divina e extraterrestre da humanidade, e tudo isso por causa do sentimento de culpa deles, devido à degenerescência particular própria.
A Ciência Numérica e os nomes sagrados da Atlântida – cuja reminescência são as runas e os mantras – e que constituiam a Cabala fonética Ariana, serão utilizados para fortalecer o poder pessoal da tribo E essas manipulações vêm acontecendo até nossos dias.
No plano astral, aparentemente, produziu-se a transformação de Yahweh, o Inefável e Altíssimo, [em Jeová, o alienígena, o senhor dos exércitos e atual comandante da egrégora judaico-sionista; e para o espaço, de alguma maneira, transferiram-se os remanescentes das doze tribos].
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Com todas essas manobras, a origem do homem, por imposição, passou a não se estender além dos seis mil anos (calendário judaico), e o começo da vida do homem restringiu-se apenas ao plano Terra, [quando nunca nada foi assim...
A Verdadeira Vida e o Homem Real se originam de Momento a Momento nos mais diferentes planos de Vida do Cosmo Verdadeiro... Mas muitos seres humanos de espécies mais comuns e presos aos espaço-tempo também vem de emigrações cósmicas que com naves gigantescas para cá vieram.
De sua parte, a pretensa revolução científica, com sua Teoria Heliocêntrica, Teoria da Evolução das Espécies pela Sobrevivência dos mais fortes, e com o seu mega universo em expansão são mentiras muito piores que as distorções introduzidas na Bíblia. E estas últimas foram originadas pelos mesmos indivíduos que antes haviam deturpado tudo.
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A seguir, adulterou-se também o significado do Êxodo Maior dos Hiperbóreos, transformando-o no pequeno êxodo bíblico da tribo de Judá, especialmente. Com isso se alterou o profundo significado metafísico do “girar da cruz suástica [ou Swastika] Dextrógira”, fazendo rodar ou girar, para tal, indicando Jerusalém, pretensamente "único lugar onde Jeová, o Senhor dos Exércitos deseja ser adorado".
E aí passou-se a derramar a totalidade das lágrimas do crente, junto aos restos das muralhas do Templo de Salomão, e já não mais nos Muros de Gelo da Tule perdida – capital da Hiperbórea – ou junto à Coluna Boreal, 'que unia a nossa superfície terrestre com a Outra ou com o Interior da Terra Oca, além de unir também o Plano Terrestre com os demais astros [do Cosmo verdadeiro, e não científico']..."
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"Esta seria então a razao primordial da inimizade entre arianos e judeus-sionistas, e a inimizade destes últimos com o resto da humanidade, [já que pretendem se tornar senhores do mundo].
Para impor sua história nacional adulterada, arrancaram o mundo de suas raízes astrais, raízes estelares e raízes extraterrestres. Fizeram desaparecer do mundo milhares de anos de história, talvez anos-luz. Adulteraram o Cosmo, o sangue metafísico [com seus espírito verdadeiro], o prólogo e o sentido primeiro e último da criação [ou Manifestação] e da Vida.
Esta traição iniciática teria se produzido na fuga do Egito, durante o deambular no deserto de Sinai e principalmente com o Pacto Renovado, [que começou com Josias e continuou com Esdras, Neemias, sacerdotes, escribas, editores do séculos VI e V a.C. os quais forjaram a versão definitiva do Antigo Testamento].
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Porém certamente houve algo mais misterioso, pois certas coisas extremamente fundamentais não são levadas a cabo exclusivamente pela vontade humana.
Os cátaros, por exemplo, acreditavam na existência de um Princípio do Mal, atuante na criação [ou na Manifestação, mundo], e personificavam este Princípio no Jeová do Antigo Testamento, e diziam que ele era o Demiurgo desta Terra.
[Eu, EB, autor deste livro, acredito que o Demiurgo já existia neste nosso espaço-tempo enganador, ou é anterior ao aparecimento do Comandante Jeová... Este Demiurgo, então, seria um Filho do Céu que não querendo ficar restrito à LEI Cósmica do AMOR, no cumprimento de sua missão, LEI do Amor essa própria do Inefável e Altíssimo (Absoluto), resolve exercer o PODER em cima de seus irmãos inferiores, principalmente sobre os filhos e filhas da superfície terrestre, vampirizando-os. E exercer o Poder para o Pai Celestial é o pior dos crimes. O comandante Jeová era um ET poderoso e errante, e que ficou preso abaixo da Camada Plasmática com a qual o Demiurgo envolveu a Terra. Fazia parte de um grupo de sete Filhos da Luz que tiveram que se exilar na Terra Oca. O Apocalipse fala deles. O Demiurgo simplesmente atrai tal ET errante ou extraviado para si e o transformou em seu Primeiro Ministro e em seu principal executivo. Certos homens, infelizmente, totalmente manipulados por esses dois, transformaram esse Comandante num arremedo de divindade, num deus todo poderoso].
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Existiria, então, uma posse ou apropriação efetuada pelos Demônio demiúrgico, e haveria também uma total entrega de quase todos, a serviço dele.
Como é tradicional, isso terá de cumprir-se com um Pacto de Sangue, como no caso do Fausto de Goethe. Portanto, aqui há algo da Magia Negra.
E no ar espalhado está uma insinuação fatídica, que Robert Charroux não se atreveu a desenvolver: ou seja, a mistura do sangue humano com um sangue do animal do Sabat, para aumentar o endurecimento e o peso bruto da pretensa matéria externa.
Isto é, uma queda ainda maior, uma queda mais para baixo.
É outra hibridização ou abastardamento que se preserva e se mantém, por meio de uma religião de sangue e racista, se mantém com um pacto ou uma influência negra, e que se transfere aos cromossomas.
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Pauwels e Bergier, em seu Despertar dos Mágicos dizem que, conforme certas instruções que vieram do Tibê, os hitleristas passaram a aplicar o termo impureza fundamental aos judeus e depois aos ciganos. Foi por isso que os lamaístas tibetanos foram massacrados pelos comunistas chineses, posteriormente.
[Todavia, digo eu EB, os rabinos em seus Talmuds e Livro de Zoar também alegam que a Eva bíblica fornicou com a serpente tentadora e que, por causa disso, gerou uma raça humana degenerada, cheia de pecados. E que, portanto, o judeu macho tem que se purificar dessa herança maldita por meio do ritual da circuncisão. Para tais rabinos, todos os não-judeus são goins ou são como animais, e trariam essa herança maldita ou essa outra impureza fundamental no sangue. Essas infâmias ou esses últimos absurdos se transferiram para a Teologia Cristã, e daí saltaram fora todas as tolices ligadas ao Pecado Original do catolicismo e protestantismo. Jesus tinha que ser concebido virginalmente, sic].
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A impureza fundamental dos tibetanos, ou a idéia da mistura do sangue humano com sangue animal foi esboçada por Robert Charrou, quando se referiu à história bíblica de Esaú e Jacó.
Esaú trabalhava no campo, era de boa índole, ingênuo, inocente. Por sua vez, Jacob não se movia da casa, permanecia junto à sua mãe, Rebeca. Esta nada fazia, senão cozinhar.
Um dia, Esaú voltou exausto de seus afazeres diários e estava com fome. Pediu então a Jacó alguma coisa para comer. Este (ou a mãe dele) havia preparado um prato de comida e propôs a Esaú que trocasse os direitos de sua primogenitura por um prato de lentilhas.
Esaú aceitou, acreditando, porém, que seu pai Isaac não iria concordar com isso nem iria concretizar o trato inconsequente.
Esaú era peludo em todo o corpo, como una ovelha ou um carneiro. [Ou também peludo como um ET siriano].
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No momento de morrer, Isaac mandou chamar Esaú.
O velho Isaac já estava cego. Rebeca cobriu então o corpo de Jacó com a pele de um cordeiro, (sempre o cordeiro se prestando para algo) e apresentou Jacó a Isaac, o qual, tocando-o, "viu" ou acreditou que era Esaú.
E com isso confirmou Jacó na herança da primogenitura.
Robert Charrou, mesmo sabendo que Esaú e Jacó eram gêmeos, nos diz que possivelmente Esaú era um Sheidim, um homem-animal, engendrado por Rebeca no intercâmbio sexual com um animal, coisa perfeitamente comum naqueles tempos, segundo esse autor.
Rebeca não quis que no mando da tribo predominasse a sua estirpe híbrida (ou Esaú).
Mas será possível isso, pergunta R.Charroux? E acrescenta: acreditamos que apenas na maneira já dita. Isto é, pela posse de Rebeca, ou pela incorporação mágica de um animal no corpo de Rebeca, pela influência de um carneiro especial próprio do ritual do Sabat, pela intromissão de um arquétipo astral, de um ET, de um Espírito grupal ou de um Espírito de egrégora.
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Todavia, também poderia ter acontecido o contrário, e nesta lenda de Esaú e Jacó encontra-se exatamente a chave dessa traição quanto à origem ancestral daquilo que estamos nos referindo. Tal mito teria muito a ver com as eras astrológicas e com os Reis Pastores, que se cobriam com peles de ovelhas, na era de Áries. E isso simbolizava o poder dos nascidos duas vezes, ou então simbolizava os que, AO SE LANÇAREM no topo dos altos montes ou montanhas eram salvos da queda, bem como simbolizava e simboliza ainda os próprios brâmanes arianos da Índia que cruzam em seu peito um cordão de lã branca.
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Os reis pelasgos cubriam-se com pele de lobo. [Digo eu, EB, tudo isso lembra a condição supostamente peluda de Esaú, além dele ter algo a ver com eventuais cruzamentos com alienígenas sirianos. Estes ETs são peludos, com cara de leão, e que em época remotas povoaram e civilizaram o antigo Egito. E inclusive não podemos esquecer que da parte do próprio pai Isaac, o filho Esaú poderia ter nascido como um Nefelim, ou como aquele que vem do espaço, já que aparentemente Isaac era um ELE e Rebeca uma ELA especiais].
A usurpação de Jacó por meio de uma mentira, de um logro são prototípicos de sua tribo e vem perpetuando-se ao longo da história.
Os semidivinos tipo Esaú são naturalmente diretos, ingênuos e ficam totalmente desarmados frente à astúcia do animal homem.
[Digo eu, EB: a respeito desses astutos, também Jesus assim se referiu: [E o Senhor ou "Pai de Família", {sem saber as maldades e as patifarias que esse Filho, e depois Demiurgo iria fazer, mormente fazendo-se passar por Deus}, admirou-se daquele injusto mordomo, {protótipo de ego-pensamento, sagaz, astuto, desonesto, mentiroso, ladrão e salteador} por haver ele assim sagazmente procedido. Pois os filhos deste mundo {ou os homens pensantes, presos às trevas exteriores, não obstante tudo} são mais prudentes ou ardilosos em sua geração do que os Filhos da Luz, {e que não abusam com o pensamento e costumam ser totalmente inocentes}. (Lucas.XVI-8)]
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Por outro lado, por meio de um truque, Hércules mata os gigantes. Davi mata Golias.
E é sempre a mulher a que ajuda no engano, como foi o caso da Eva exteriorizada e densificada.
Pela astúcia e pelo engano, certos animais-homens ganharam as guerras e esconderam dos semidivinos (Hiperbóreos] o caminho correto do verdadeiro Êxodo, com sua Suastica Dextrogira, e que levava a um retorno da Idade Dourada.
Os fracos sempre vencem os fortes, porque são mais numerosos, e ao mesmo tempo são os mais astutos, escrevia Nietzsche.
Em verdade então Esaú seria um rei pastor ariano, um habiru que teria dado origem aos hebreus autênticos e que também eram arianos.
Com a pressuposta manobra astuta de Jacó começa a falsificação e o engano.
Também com um engano se destrói a força e o poder de Sansão. Dalila corta-lhe o cabelo comprido enquanto ele dorme.
Nesse cabelo residia força tremenda de Sansão e também seu poder tântrico sexual (ou a possibilidade de praticar o sexo sagrado).
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A religião semítico-lunar, que para os homens se impôs na era de Piscis, simbolizava a castração, representada pela tonsura eclesiástica que os padres católicos de antigamente sofriam em sua cabeça, e nas mulheres simbolizava sua esterilização representada pelo corte dos cabelos das noviças.
Paulo, o apóstolo, chega a declarar que [para "salvá-los"] gostaria de tornar eunucos a todos os cristãos.
Por conseguinte, todos os reis de origem divina eram peludos, e o eram no corpo inteiro, e nunca cortavam os cabelos, porque seus pelos eram um sinal de realeza.
Os pelasgos eram peludos.
Os sikhs da Índia, raça marcial, jamais cortam seu cabelo e barba. E são arianos dos tempos de Alexandre Magno.
Também os reis merovíngios ressuscitarão um dia de suas tumbas com suas longas cabeleiras loiras e hiperbóreas.
Os reis pastores ou os hicsos que invadiram o Egito também teriam sido peludos, com longos cabelos e barbas, como Esaú, e também como o cordeiro de Rama, na era de Aries. [Estes
hicsos invasores do Egito teriam hospedado os judeus no país do Nilo, antes deles fugirem com seus roubos ou tesouros].
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Das "Histórias de Jacó! também se adulteraram as datas. Se assim não fosse, e o Jacó de que tanto se fala fosse realmente o Fundador das Doze Tribos de Israel, todas elas então, e não somente a tribo de Judá, levariam o estigma do engano original.
Sim, esse Jacó deve ser o protótipo que caracterizou a tribo de Judá.
Segundo o estudioso Gerard de Séde, é somente no (pequeno) êxodo do deserto que o nome de Israel aparece e não antes.
A luta daquele Jacó bíblico com o "anjo" nada tem a ver com a luta contra um extraterrestre ou contra um dos anjos de Enoc.
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Tal luta pode estar ligada a um confronto corporal entre Esaú e Jacó. E senão Esaú, um partidário seu que tentou vingar a impostura, a traição e a usurpação da chefia da estirpe dos semidivinos ou dos Gigantes.
Por que Jacó teria lutar com um "anjo"? O "anjo" nesse caso pode ter sido um dos gigantes sobreviventes da raça nórdico-hiperbórea que os judeus ajudaram a destronar e a destruir, valendo-se da colaboração do homem animal ou pasu.
De que modo poderemos nós saber se as outras tribos de Israel, de alguma maneira, não teriam sido exterminadas juntamente com Moisés, cujo desaparecimento também permanece um mistério.
Pois é, amigos, sobre a verdadeira origem do homem se acumularam montanhas de falsidades e adulterações históricas.
De certo modo só se sabe que NO COMEÇO FOI O ENGANO E NÃO A LUZ!"
[Aproveito agora a oportunidade de incluir a minha versão da Luta de Jacó contra o Anjo, narrativa essa que está incluída em meu livro editado O Apocalipse Desmascarado e que difere do trecho canônico do Gênesis]:

Jacó Luta Contra Deus, Contra Iahweh
ou Luta Contra o “Eu Sou” Subjetivo

Naquela mesma noite, Jacó se levantou..., e atravessou o vau do Jaboc...,
Gênesis.XXXII-23a e 23b
e aí, ele ficou só. Alguém [ou um Varão, um SER aparentemente humano] lutou com ele até surgir a aurora. [Ou Jacó lutou ao longo da noite dos sentidos condicionados].
Gênesis.XXXII-25
E esse alguém [varão, imagem antípoda de Jacó, gêmeo do Céu, Corpo Astral, Espírito], vendo que não prevalecia contra Jacó, tocou-lhe na articulação da coxa, e a coxa de Jacó se deslocou enquanto lutava com ele.
Gênesis.XXXII-26
Ele [ou tal Alguém] disse: Deixa-me ir, pois já está rompendo o dia. Mas Jacó respondeu: Eu não te deixarei ir se não me abençoares. [Ou se não me transferires a tua Imortalidade ou a tua Espiritualidade].
Gênesis.XXXII-27
E Jacó disse mais: Por favor, faça-me conhecer o teu nome! Retrucou o Varão: Por que perguntas pelo meu nome? E ali mesmo, abençoando-o [ou transferindo-lhes os poderes da Imortalidade do Espírito, disse mais: EU SOU O QUE SOU!... Agora, TU MESMO ÉS EU SOU na Espiritualidade mais alta!]...
Gênesis.XXXII-30
E como tu conseguiste prevalecer, não te chamarás mais JACÓ, [ou não serás mais um ser humano comum, mas serás chamado] Aquele que lutou contra Deus...
Gênesis.XXXII-29
Jacó deu então a este lugar o nome da Fanuel, porque, disse ele: “EU VI A DEUS [ou Vi Eu Sou] FACE A FACE E A MINHA VIDA FOI SALVA!” [E este é exatamente o fim de toda Boa Religião: USAR AQUELA VISÃO CORRETA, O VER NÃO-PENSADO – contrário ao ver-pecado de Adão-Eva – A FIM DE QUE, VENDO A DEUS, POSSA REINTEGRAR-SE A ‘EU-ELE’ OU A ‘EU SOU’...]
Gênesis.XXXII-3l
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Amigo leitor, vejamos
agora a versão canônica ou oficial da Luta de Jacó com Deus e, naturalmente, perceberás qual das duas é a mais plausível e ficarás então com aquela que mais te agradar e que melhor tocar o teu Coração-Entendimento:

“Naquela mesma noite, Jacó se levantou, tomou suas duas mulheres, suas duas servas, seus onze filhos e passou o vau do Jaboc.
Ele os tomou e os fez passar a torrente e fez passar também tudo o que possuía.
E Jacó ficou só. E alguém lutou com ele até surgir a aurora.
Vendo que não o dominava, tocou-lhe na articulação da coxa, e a coxa de Jacó se deslocou enquanto lutava com ele.
Ele disse: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Mas Jacó respondeu: Eu não te deixarei se não me abençoares.
Ele lhe perguntou: Qual é o teu nome? -- Ele respondeu Jacó. Ele retomou: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel, porque foste forte contra Deus e contra os homens, tu prevaleceste.
Jacó fez esta pergunta: Revela-me teu nome, por favor. Mas ele respondeu: Por que perguntas pelo meu nome? E ali mesmo o abençoou.
Jacó deu a este lugar o nome de Fanuel, porque disse ele: eu vi a Deus face a face e a minha vida foi salva.
Nascendo o sol, ele tinha passado Fanuel e manquejava de uma coxa.
Por isso os filhos de Israel não comem o nervo encolhido
(ciático), que está sobre a juntura da coxa, até o dia de hoje; porquanto ele tocara a juntura da coxa de Jacó no nervo encolhido...” Gênesis.XXXII-22 a 32
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A propósito, outra vez, desse último trecho do Gênesis, o teólogo comentarista da Bíblia de Jerusalém, e que em momentos parece conhecer muito bem as coisas, esclarece:
“Nesta narrativa misteriosa, sem dúvida javista, e canônica, [na sua letra menor, – [Digo eu, não mesmo!, tal trecho nem é javista nem é eloísta e muito menos é sacerdotal. Tal passagem faz parte da Sabedoria Eterna, da Sabedoria hiperbórea, órfica, bramanista etc. Tal alegoria simplesmente foi aproveitada pela tradição judaica e por ela adaptada a Jacó] – fala-se de uma luta física, um corpo a corpo com Deus, na qual Jacó parece primeiramente vencer. Quando reconhece o caráter sobrenatural de seu adversário, Jacó força-o a abençoá-lo. O texto evita o nome de Iahweh e o agressor desconhecido (na versão pretensamente consagrada ou canônica) recusa-se a dizer seu nome...”
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Acrescento eu: o suposto Jacó ou o homem ainda mortal, o homem-sangue-alma-mortal, sem o Espírito Santo ou Kundalini ativado, luta, a modo de dizer, contra si mesmo ou contra a sua imagem antípoda, sua imagem especular, seu SER Astral ou Espiritual, seu gêmeo do Céu ou Filho do Céu, para que este Filho, pelo TOQUE ou pela bênção, lhe transfira a espiritualidade e imortalidade que lhe cabem como herança.
E nesse confronto, o humano vence as circunstâncias adversas das Trevas Exteriores, do mundo externo e suplanta, também a modo de dizer, seu adversário, fundindo-se com ele e assimilando-se a ele.
O simples ego Jacó permuta-se aí no grande
EU.
Desse modo, então, um mero ser humano mortal volta a nascer pela segunda vez e torna-se imortal, pois incorpora ou integra à sua condição humana a Espiritualidade Imortal do Filho do Céu.
Como se poderia dizer na Índia, torna-se um verdadeiro Brâmane ou um nascido duas vezes. Nascer duas vezes equivale a um nascimento extra para suplantar e anular a morte, corresponde a um nascimento para a Vida Absoluta transcendental.
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Durante a luta, o Varão Sagrado toca a coxa de Jacó e o deixa manco, também a modo de dizer, para que ele não se esqueça, enquanto no mundo permanecer, de sua nova condição de Filho do Homem ou Filho Desperto.
Ele é aquele que gerou o REBIS ou um Novo Homem a partir de seu Duplo Verdadeiro.
Por isso agora não é mais só filho da Terra, mas também é Filho do Homem ou é um Herói, Mestre.
Agora não deve mais, e não pode mais voltar a extraviar-se nas Trevas Exteriores.
Depois do Deus Exteriorizado (EU SOU) transferir ao Homem abnegado seus poderes e imortalidade, conforme ensina a Boa Tradição e Boa Religiosidade, ele declara ao seu igual: “Estiveste lutando contra ti mesmo. E EU que sou TU atravessei o Infinito para ter encontrar e lutar contra ti ou contra Mim Mesmo. Para encontrar-te, EU teria sacrificado alegremente minha Vida. E, lutando tão valentemente Comigo, TU defendeste tua própria Vida, a Verdadeira. O Altíssimo ou o Intimíssimo, o Deus Vivo, realizou esta maravilha. Seu poder nos socorreu e se interpôs entre nós dois e a morte. E AQUI e AGORA nós somos NÃO-DUALIDADE... Sim viste Deus face a face e de fato a tua Vida foi salva porque em Minha Vida ou em Imortalidade se transformou.”
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O Gênesis e o Livro de Enoch sugerem de modo enigmático que o homem terrestre é só carne. Portanto, nem todo homem seria imortal, mesmo que mal pensando diga que tem vida única, ou mal pensando ache que tem vidas sucessivas. Enquanto mal pensar, o homem continuará sendo escravo ou das Trevas Exteriores, como ensinava Cristo, ou do Samsara como ensinava Buda. Tal homem desatento poderá até mesmo se aniquilar.
A Imortalidade do Espírito é doada a poucos pelos Filhos do Céu – O Mestre da Galiléia, um legítimo Filho do Céu e do Altíssimo, ensinava: Muitos serão os chamados, mas poucos os escolhidos. Isto é, muitos poderão ser tocados, chamados, mas poucos entenderão e atenderão. A Verdadeira Imortalidade tem que ser alcançada também pelo empenho correto e pela luta do filho da Terra... É só desse modo que surge o Mestre, o Santo, o Herói, que acabam se transformando em Deus, como o Jacó da alegoria bíblica, alegoria que, pode até ser vista como um fato acontecido

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