segunda-feira, 8 de novembro de 2010

CIÊNCIA, MAGIA LOGIFICADA - Ciência, a Nova Religião - Segunda parte


A carta e o poema que vêm a seguir foram escritos por um grande amigo, colega de medicina, e que vou manter no anonimato. Vou aproveitá-los como uma espécie de prefácio para este segundo tomo da “Ciência, a Nova Religião”, e chamo-o agora “Ciência, Magia Logificada”.
Esse foi o desabafo de um colega meu, de um médico honesto, depois de ler a primeira edição ou versão de É a Ciência Uma Nova Religião? (ou Os Perigos do Dogma Científico), Editado pela Editora Civilização Brasileira S/A, Rio de Janeiro, do Sr. Enio Silveira, em 1970. Se antiga versão suscitou bons e entusiásticos sentimentos por parte de muita gente, podem imaginar, amigos, que elogios não merecerá a versão atual, burilada, atualizada e transformada em quatro volumes. Deste modo então escreveu o honestíssimo e nobre colega:
Querido Irmão:
Tu sabes muito bem que as palavras são apenas veículos dos sentimentos. E que aquela súbita e infinita alegria, que aquela tristeza imensa não podem ser traduzidas pelas palavras, essas fantasmagóricas rainhas.
Entretanto..., abusemos uma vez mais: como desculpa, te digo que obedeço ao forte impulso interior.
Escrever-te é difícil, não por tua culpa é claro. Antes desta linha, já rabisquei e destruí umas boas dez folhas que tentei iniciar, mas invadido por terrível ambivalência, pensava cá comigo:: "Quê queres comunicar a quem sempre te pode ensinar?"
A verdade é que não consigo conter um grande sentimento de gratidão. Não sei porque, mas só agora, depois de um ano de relacionamento é que te escrevo: talvez porque o intelecto não mais resista com suas clássicas e idiotérrimas perguntas ("O que será que ele vai pensar, etc.").
Desde aquela ocasião em que aquele estudante de medicina angustiado, apalermado e burróide te procurou, até os dias de hoje, muita coisa de notável para mim ocorreu.
Hoje, onde havia angústia, há paz; onde havia confusão, há clareza e serenidade.
A pedra bruta atirada montanha abaixo girou, girou, chocou-se com outras e após seu giro louco repousou e, para surpresa, viu que estava modelada.
Ah, amigo, foste o artista desta transformação!
Por isto te sou infinitamente grato.
Pela tua imensa capacidade de mergulhar profundamente neste mar de caos que é o mundo moderno – com o perdão da palavra – chafurdar nas imundícies criadas pelos cientistas e, após um trabalho estafante – às vezes não entendo como conseguiste – retirar uma pérola que depositaste nas mãos de muitos, entre os quais estava este discípulo ultra condicionado.
Muito obrigado amigo e irmão. Quisera ter podido repartir contigo gota a gota os suores daquela época infernal, daquela angústia notável, os calos nos dedos de tanto bater na velha máquina Remington, os fios de cabelo que deves ter perdido, ou senão brancos, que, por vezes, disfarças de leve.
A vida quis, entretanto, que passássemos solitários aquela etapa, que graças a ti, é agora um sonho vivo para mim..
Mas por Deus:
Onde estão as bactérias, os vírus e ultra vírus,
O mundo microscópico demoníaco,
E seu igual o universo científico,
Inventados por estes egos filhos da puta?
Onde estão o fígado, o baço, os rins
O coração, o pulmão, o cérebro, Deus meu?
Artimanhas terríveis daquele
Que se encanta em dividir, dividir, dividir...
A necrose, a cirrose, a leucose, a nefrite
A Anatomia Patológica, o câncer, a genética?
E a célula, velha madrasta maligna
Mil vezes prostituta, mãe de mil demônios?
Onde estás? Onde estão?
Estão aqui, é claro, ou seja em lugar nenhum...
E o cérebro dos psiquiatras?
E aquela esquizofreniazinha
Que escorregava nas costinhas daquela proteinazinha?
E aquela coisinha de ego, Superego, id?
Superego... o bom... o bom...
Ego – Sou eu! Sou eu!... Eu, quem, panaca!
E o Id... Id... Id... Id...---- Idiotas!
Onde está aquela criança que não pode apanhar sol!
Ou ir na chuva porque recolhe, ou tomar banho porque encolhe?
(Elas te agradecem também)
Onde foi o que dizia que pólen dava alergia.
Maldito seja, e que por mil encarnações
Receba ferroadas de abelhas na bunda...
Será que me faz mal batata-frita com ovos, Doutor?
Xi, não posso comer maçã porque me dá congestã!
Bravo, bravíssimo, demoliste a coisa.
E como dizia Fernando Pessoa:
Isto é um rio, este é o sol, isto é o amanhecer
Esta é uma árvore, este é um pássaro...
Resumo: recriaste a natureza.
Bicho muito doido!...
Porto Alegre, janeiro de 1973

DISCURSO CONTRA O MÉTODO OU A ANTILÓGICA -Ciência, a Nova Religião - Segunda Parte


A presente versão da terceira parte do livro original, e que rebatizei com o título O Discurso Contra o Método ou a Antidialética, se comparada ao trecho original do livro “É a Ciência uma Nova Religião” Ou “Os Perigos do Dogma Científico”, foi muitíssimo ampliada, modificada, melhorada e corrigida. Só não foi atualizada porque a Verdade está livre do tempo. Se a segunda parte do livro original ou até mesmo a primeira edição vacilava em alguns pontos, este novo trabalho é, digamos, impecável e bem mais abrangente.
Da edição anterior, só mantive, praticamente, o espírito da Verdade que nela já estava manifesto, deixando também as perguntas originais, respondidas agora (ou 40 anos depois) com novas vivências bem mais aprimoradas e bastante menos vulneráveis.
Quanto ao tamanho da obra, devo salientar que tecer um criticismo necessário e sadio contra o edifício científico, e que é da altura do Monte Everest, só podia resultar num alentado volume como o da Ciência, e que tive que dividir em quatro tomos, cujo terceiro, o leitor amigo tem em mãos. O grande tamanho da obra original foi impossível evitar, daí sua partição em quatro partes. De mais a mais, é bom salientar que quando da elaboração do grande livro original, efetivamente existiu um inquiridor (Bombastus, cujo nome verdadeiro não me permito citar), e que, dialeticamente, desafiou-me até as últimas conseqüências, no melhor dos sentidos, é claro; nunca, portanto, por inimizade ou por um espírito adverso gratuito.
Bombastus era e é uma pessoa inteligentíssima e correta. Suas perguntas, interessantes e oportuníssimas muito amiúde se aproximam da própria Lógica Extremada e Autofágica que, ainda bem jovens, desenvolvemos reciprocamente contra certos extremismos e dogmas da Ciência Moderna. Em alguns trechos, contudo, meu opositor ou Bombastus desempenhou o papel de um verdadeiro advogado do diabo, mais a favor do materialismo científico do que contra, o que torna a leitura do livro instigante e envolvente. É só o amigo leitor se permitir assimilar o conteúdo do presente trabalho.
Na atual versão desta terceira parte modifiquei um pouco a redação original das perguntas feitas, mas só no que se refere à sintaxe e à construção das frases, não quanto ao desafio original em si. Acho ter conseguido dar certa melhora, tornando o diálogo muitíssimo mais inteligível, fácil de assimilar. Também é verdade que acrescentei certas perguntas curtas, ou mesmo alguns trechos esparsos, de minha própria autoria, mas não com o propósito de “atrair brasas para a minha sardinha”. Bem ao contrário, esses acréscimos e retoques para melhor, em nada prejudicaram o espírito do diálogo que ocorreu de fato entre Bombastus e Teofrastus (EB).
Se antes a obra era boa e não poucos críticos reputaram a primeira edição total do livro de excelente (Editora Civilização Brasileira S/A), ou ainda se ela representava uma verdadeira revolução cultural para o seu tempo, esta nova versão da terceira parte ganhou infinitamente mais, e vai inclusive fundamentar o que por aí está se chamando de a Nova Era Cultural. Em sua autenticidade, esta última nada tem a ver com essa manobra suja, político-econômica e religiosa ou falsa Nova Era, e que está em total andamento para fazer prevalecer a Nova Ordem do Governo Invisível e de alguns da anti-humana raça. Por conseguinte, amigo leitor, não pense, por favor, que todo o diálogo deste terceiro tomo foi inventado por mim. Não seria assim tão masoquista. E o desafio “Ciência versus Verdade” ou “intelectualismo versus sabedoria autêntica” simplesmente resultou neste livro. Pelo menos 70% do conteúdo das perguntas foi efetivamente formulado por Bombastus em diversos debates gravados, e que depois transcrevi.
Este tomo tenta dessacralizar dentro do possível o método científico, introduzido e inventado por Bacon, Galileu, Descartes. A impecabilidade e a infalibilidade da metodologia são uma farsa, e a análise cartesiana aplicada à ciência, principalmente ao mundo biológico é um terror, uma distorção e uma inflação completa e inútil de dados. Os pacientes da medicina pagam muito por caro por causa de tal análise cartesiana.

AS BASES INCONSISTENTES DA MEDICINA CIENTÍFICA - (Ciência, a Nova Religião - Quarto Volume


Como fundamento para este quarto tomo do livro da Ciência, é preciso saber que assim como a natureza do átomo praticamente foi toda ela superada e modificada – e por que não dizer anulada - pelas teorias da física quântico-ondulatória, e também pela Física Escalar Eletromagnética, do mesmo modo pode-se dizer que as células, os germes, as bactérias, os vírus (a AIDS, as leucemias, os cânceres), os parasitas etc. também terão que ser superados e eliminados, porquanto toda a natureza molecular, macromolecular, celular, tecidual (DNAs, Genes, Genomas etc.) é pura forjação da cabeça humana mal pensante. Estas pretensas micro-entidades que constituiriam a base do corpo humano aparecem sim, se objetivam sim, em termos de holografia, mas elas não existem em si porque nunca ninguém as criou – nem o Ele deus persona das religiões as criou, nem o deus acaso da ciência criou nada – Tais níveis microscópicos, e tais pretensas micro entidades só aparecem num total faz-de-conta, mas NÃO EXISTEM EM SI, e estão na total dependência perceptual do cientista e observador pensante. Todas essas pretensas micro-entidades fazem parte de um vazio primordial que o pensamento preenche, molda, como bem entende, e justifica, como uma forma-nome pretensamente externa, sem que nada disso tenha qualquer fundamento existencial próprio. Nem atômico nem anímigo.
O tema básico deste trabalho, e que é a quarta parte do livro Ciência, a Nova Religião, entre outras coisas sugere sim que há doentes, mas não há doenças.
Não é o cérebro que adoece nas assim chamadas neuroses e psicoses (loucuras), mas é o pensamento mal utilizado quem aí se autoprojeta e vira pretenso órgão doente, ou senão vira doença tanto física quanto mental.
O Ego da psicanálise e da psiquiatria infelizmente é uma mentira que esconde o grande EU (Selbst). Ou melhor dito,é tão-somente uma roupagem nova (trapaça) para os velhos demônios do egotismo, egoísmo e egocentrismo humanos.
Sem cérebro é impossível pensar, mas com o cérebro que a medicina científica aponta e descreve é mais impossível ainda.
De todas as contribuições que a ciência moderna obsequiou à medicina, esta última deveria aproveitar o melhor da ciência e rejeitar o que, ao invés de ajudar, só destrói e mata.
Como um exemplo disso, teríamos as maneiras científicas e laboratoriais de forjar diagnósticos, teríamos os malditos sorotestes, teríamos as vacinas, teríamos certos remédios que ao invés de salvar, intoxicam e matam, teríamos a mania científico-laboratorial de afirmar patogenias fantasmagóricas, quando estas são apenas uma má interpretação de coisas que no fundo não se compreendem. Por outro lado, aos fantasmas da patologia não se deve dizer sim, combatendo-os, nem se deve dizer não, negativando o impossível. Os fantasmas apenas devem ser bem enfocados, inteligentemente compreendidos e depois ignorados. (Deixa para lá... Vade retrum satanás ou vai para trás adversário!). É desse modo que eles desaparecem e deixam de prejudicar, roubando forças daquele que os afirma e os nega
A maior parte das doenças apontadas pela medicina científica são fantasmas objetivados, previamente extrojetados por uma cabeça mal pensante e por uma conduta desastrada, que induz a provar o impossível, quando no fundo, no fundo não prova nada e acaba apenas concretizando fantasmagorias. O método científico de experimentação por meio do qual se forjam provas irrefutáveis para a medicina tem sido uma catástrofe. Ninguém se deu conta de como esse método mal deduz, e lamentavelmente induz através da execução desastrada do ato intencional e que pretenderia provar, quando em verdade nada se pode provar e sim apenas se materializa invencionices e extrojeções mentais. O lastimável dessa história toda é que não havendo doenças reais e sim apenas doenças fantasmagóricas, mesmo assim há doentes. E estes auto-agressivos mentais e prévios doentes mal pensantes acabam encampando e assimilando as fantasmagorias das doenças ditas tradicionais e científicas. Isso não pode continuar!...